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Descrição

Crônica, Folhetim, Teatro (João do Rio)

Editora: Carambaia
Acabamento: capa cartonada com cinta
Cor do miolo: preto
Formato: 13 x 20 cm
Páginas: 544
Edição:
Ano: 2019
Idioma: Português
Classificação: não disponível
Categorias: literatura, crônica

João do Rio foi o pseudônimo mais famoso de Paulo Barreto (1881-1921), um dos autores mais conhecidos – e controversos – do início do século XX no Rio de Janeiro. Cronista prolífico, ele também foi crítico de arte, escreveu romances, ensaios, contos, peças de teatro, conferências sobre dança, moda, costumes, política.

Crônica, Folhetim, Teatro reúne uma seleção de crônicas, reportagens, contos ficcionais, entrevistas, peças, sainetes, folhetins e artigos produzidos entre 1899 e 1919. Boa parte dos textos nunca saiu em livro, apenas nos jornais – que permaneceram mais de 100 anos guardados em arquivos e bibliotecas. Até mesmo os romances e crônicas que o próprio autor editou em livro estavam há décadas fora de catálogo.

João do Rio trabalhou a vida toda em jornais e revistas. Ele foi pioneiro como repórter e criou um estilo de texto híbrido de literatura e reportagem, ficção e realidade. Mudou o modo de fazer jornalismo e ajudou a fundar a crônica moderna.

O escritor que conquistou uma vaga na Academia Brasileira de Letras aos 29 anos era um personagem de múltiplas facetas. Usou sua pena para denunciar a miséria, foi porta-voz do povo humilde, que não tinha espaço na imprensa. Inovou ao deixar a redação do jornal e ir para a rua, subir o morro e percorrer os subterrâneos da cidade, para revelar a seu leitor um Rio de Janeiro desconhecido. Ao mesmo tempo, acompanhando as transformações da capital, que vivia, naqueles primeiros anos de República, a fase de sua Belle Époque, João do Rio foi também o cronista dos salões e recepções elegantes da alta roda – a elite que tentava se sofisticar e imitar os estrangeiros.

João do Rio percorreu o mundo, colecionou admiradores e desafetos. Gordo, mestiço e homossexual, vestia-se como um dândi – com, por exemplo, um fraque verde combinando com a bengala, cartola e monóculo. Vítima de um ataque cardíaco que o impediu de completar 40 anos, ele deixou 25 livros e mais de 2.500 textos publicados em jornais e revistas.

Leia um trecho

Saiu na imprensa:

“Sob a caneta de João do Rio se delinearam características marcantes do carioca. Seu gosto por espiar à janela, por exemplo – detectado pelo estrangeiro que passeava de carro com o jornalista pela Avenida Beira-Mar –, anteciparia a poderosa cultura da telenovela, nascida no Rio nos anos 1960 e exportada para o mundo como traço indelével da sociedade brasileira.”
Paula Alzugaray, Revista Select, 03/05/2016

“O conjunto que ficou mais conhecido da obra de João do Rio foram suas crônicas-reportagens. Elas são muito bem-escritas, vivazes e competentes como documentos da belle époque brasileira, cuja síntese foi, sem dúvida, a capital federal, com seu afã de desenvolvimento e afetação de costumes.”
Adriana Dória Matos, Revista Continente - Edição 185, 05/2016

“Dito "o pai da crônica", este gênero tão afeito à nossa proverbial preguiça e talento para o papo furado, João do Rio é agraciado com uma caixa reunindo seus principais escritos. A bela edição da Carambaia junta não só as crônicas do jornalista carioca, como também seu teatro e seu folhetim.”
Ronaldo Bressane, Folha de S.Paulo, 27/02/2016

Graziella Beting conversa com MK sobre a história de João do Rio
Redação, Metrópole (Metro1), 25/01/2016

“As três coletâneas que compõem a caixa — “Crônica”, “Folhetim” e “Teatro” — resgatam textos que só saíram na imprensa na época em que foram concluídos, além de escritos incluídos pelo jornalista nos 25 livros que publicou em vida, entre crônicas, romances e textos de teatro produzidos entre 1899 e 1919. Muitos deles ficaram mais de cem anos esquecidos nas coleções de jornais antigos das bibliotecas e arquivos.”
Alessandro Giannini, O Globo, 24/11/2015

“Para fazer jus à relação de João do Rio com a cidade que carrega no nome, a Carambaia contratou para elaborar a caixa um escritório de arquitetura, a UniArquitetos, que nunca havia se aventurado na área de livros.”
Raquel Cozer, Folha de S.Paulo, 30/05/2015