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Descrição

De quando estive em alto-mar: poemas de afogamento e algumas mortes felizes (Renata de Castro)

Editora: Escaleras
Acabamento: capa cartonada com orelha
Cor do miolo: preto
Formato: 13 x 19 cm
Páginas: 100
Edição: 
Ano: 2021
Idioma: Português
Classificação: não disponível
Categorias: literatura, poesia

Renata de Castro, crente nos processos de gestação e paridura, dedica-se à leitura e escrita de poesia. É professora de Língua Portuguesa e Francesa, cursa doutorado em Literatura na UFS, pesquisando sobre sexualidade feminina na literatura erótica francesa do século XVII; assim, vive as Letras diariamente na pequena Aracaju. Tem publicado seus poemas em revistas virtuais de literatura e antologias de autoria feminina desde 2011. Em 2017, publicou seu primeiro livro, O terceiro quarto e, em 2018, o segundo, Hystéra.

Orelha:

O desejo é uma armadilha ardilosa. Pode ser feroz e também fugaz. Pulsa intensíssimo reafirmando a iminência da morte, essa força implacável. Em “De quando estive em alto-mar: Poemas de afogamentos e algumas mortes felizes”, Renata de Castro navega e convida-nos a navegar pelas águas caudalosas, potentes e, por vezes, intempestivas do desejo.

Seus poemas percorrem o corpo tal qual mergulham no mar: “ao sabor da maré/Fluindo em ondas/Vaza pelas bordas a transbordar”. Nesse ritmo descompassado, feito marulho, o movimento dos versos faz recordar a fusão dos corpos, espécie de celebração diante do fascínio manifestado pelo desejo da carne.

Ana Rita de C. Souza

Ao sabor da maré

sobre a maré
quase ilhada,
já sei:
nenhuma fuga seca
é possível
Nenhum esboço de caminho
a cada passo
mais pesados
meus pés marcados
pelo afogamento temo,
mas sigo
Mato-me ou vivo?