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Editora: Escaleras
Acabamento: capa cartonada com orelha
Cor do miolo: preto
Formato: 14 x 21 cm
Páginas: 60
Edição: 1ª
Ano: 2021
Idioma: Português
Classificação: não disponível
Categorias: literatura, poesia
"No ritmo da viagem: uma leitura afetiva de Voyager
Será preciso uma boa lupa para discernir as linhas e entrelinhas que costuram os versos de Voyager: tal como uma peça de tapeçaria artística, é nos fios que amarram um poema ao seguinte, e aos seguintes, que encontramos os nós e as filigranas capazes de iluminar a imagem bordada no conjunto dos caminhos.
(Não é com Aracne que falamos, mas com a poeta – a que gentilmente nos convida a acompanhar o percurso… E nos entrega o fio de Ariadne.)"
Isadora Urbano (Em prefácio)
Marina Naves, 21 anos, é poeta, tradutora e pesquisadora. Seu caminho na poesia começou ainda na infância, quando passou a se interessar pelos poemas do seu avô, João Naves de Melo. Cecília Meireles também foi de grande importância para o seu despertar literário. Na adolescência, com a leitura de poetas ultrarromânticos, Marina começou a criar gosto pela rima e pela métrica. Já na Universidade Federal de Minas Gerais, onde se formou bacharela em Estudos Literários, a autora conheceu suas duas grandes inspirações: o irlandês W. B. Yeats e a portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen. Atualmente, Marina estuda e desenvolve pesquisa nas áreas de Literatura Portuguesa, Intertextualidade e Recepção dos Clássicos.
Contracapa:
Entre-lugar (na estrada)
Tantas pessoas vêm e vão
pisando o chão do entre-lugar
Terra de ninguém, o limite
entre municípios e almas.
O espaço entre os versos que pairam
no hálito macio da Musa.
Tantas pessoas nesse ônibus
meu Deus, como cabe esse tanto?
Estão todos fugindo também
ou apenas buscam o retorno?
O espaço entre os corpos que pairam
no hálito indesejado ao lado.
Se um dia eu esperar, quietinha,
este trem me levará à terra
dos sonhos, das nuvens macias,
do gosto gentil das manhãs?
O espaço entre as veias que pulsam
no hálito do corpo cansado.