Editora: Brasa
Acabamento: capa cartonada
Cor do miolo: preto e branco
Formato: 15,5 x 23 cm
Páginas: 128
Edição: 1ª
Ano: 2022
Idioma: Português
Classificação: não disponível
Categorias: quadrinhos
Barrela em quadrinhos é uma adaptação do texto teatral homônimo do dramaturgo brasileiro Plínio Marcos em formato de graphic novel (história em quadrinhos) desenhada por João Pinheiro, que é também coautor do quadrinho Carolina, juntamente com Sirlene Barbosa e do quadrinho Depois que o Brasil Acabou, lançado pela editora Veneta.
Barrela é um quadrinho brasileiro ambientado no submundo do Brasil. Esse livro de quadrinhos tem capa brochura, 128 páginas em preto e branco. A edição foi impressa em papel pólen. O design da capa ficou por conta do Victor Marcello e a edição foi coordenada pelo Lobo. Esse romance gráfico foi produzido com o apoio do Proac Quadrinhos, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
Sobre a trama:
Ainda atual, Barrela é uma denúncia do descaso e da violência do sistema carcerário brasileiro. O próprio Plínio conta o que o moveu para escrever a peça, em 1958. "Houve um caso, em Santos, que me chocou profundamente: um garoto foi preso por uma besteira e, na cadeia, foi currado. Quando saiu, matou quatro dos caras que estavam com ele na cela. Fiquei tão chocado com esse negócio todo que escrevi a Barrela."
Barrela, obra de estreia do dramaturgo Plínio Marcos, é adaptada pela primeira vez em quadrinhos no traço do desenhista e quadrinista brasileiro João Pinheiro, lançado pela Brasa Editora no Brasil. O texto de Barrela completou 60 anos em 2019, contando desde a primeira apresentação, em novembro de 1959. Ficou censurado por mais de vinte anos e só pode ser montado novamente em meados de 1980, quando a obra de Plínio Marcos foi liberada. Entretanto, desde 1979 era clandestinamente apresentada pelo grupo O Bando, em sessões à meia-noite, no porão do Teatro Brasileiro de Comédia, espaço cedido pelo ator e diretor Antônio Abujamra.
João Pinheiro carrega Plínio como forte influência no seu trabalho e aprendizado artístico, já que ele e outros escritores marginalizados falam de coisas que o interessam, sobre os extremos e as pessoas que mais sofrem na sociedade.
“Plínio foi sempre defensor da cultura popular, da liberdade de expressão, da luta contra a censura, uma luta pelo povo, pelos excluídos, essa é a obra dele. O teatro do Plínio Marcos só faz sentido quando for uma tribuna livre, onde possam ser discutidos até as últimas consequências todos os problemas do homem, assim é o Barrela, seu primeiro texto”, diz Kiko Barros, filho e detentor dos direitos da obra de Plínio Marcos.
Sobre os autores:
Plínio Marcos é autor de grandes clássicos da dramaturgia brasileira, como Abajur Lilás, Dois Perdidos Numa Noite Suja, Navalha na Carne, entre outros. Perseguido pela ditadura e posteriormente ignorado pela mídia, Plínio Marcos (1935-1999) foi um dos escritores mais censurados do Brasil e devido às temáticas sociais do seu repertório e aos diálogos naturalistas, ganhou, da classe média, a alcunha de escritor maldito, já que tratava de dar voz aos excluídos da sociedade, que regularmente não são representados na dramaturgia burguesa brasileira.
João Pinheiro é artista visual e um dos quadrinistas mais interessantes da atualidade. Seus quadrinhos já foram publicados na Turquia e na França. Autor dos romances gráficos Kerouac, Devir, 2011; Burroughs, Veneta, 2015; coautor de incensado Carolina, em parceria com Sirlene Barbosa, Veneta, 2016.
Leia um trecho: